Música pentatônica e o amadurecer da criança!

Quando uma música soa num ambiente onde a criança se encontra, ela toca, envolve, abraça, e entra para dentro do corpo dela provocando inúmeros efeitos.

No caso da criança pequena ela atua tão profundamente que chega a interferir na formação dos órgãos internos. Além da atuação física, a música é um dos alimentos mais preciosos para os sentimentos que irão paulatinamente brotar na alma da criança.

Os elementos musicais: ritmo, melodia, harmonia podem ser trazidos gradativamente de tal forma que acompanham e ajudam no desenvolvimento físico e anímico da criança e vão despertando sua consciência para si mesma e para o mundo onde vai viver. A música pentatônica nesse sentido é um alimento musical que vai de encontro a essa formação gradativa. Ela é anterior a música modal e a música diatônica usadas hoje em dia. Ela possui somente 5 tons, por isso é chamada de escala pentatônica. Surgiu há muito tempo, na infância da humanidade. É a primeira alimentação musical e possui forças vitais de grande importância.

Para cantar com crianças é preciso amar o simples. É preciso viver o uno. Simplesmente estar junto em uma melodia. Cantar somente. Sem instrumentos harmônicos, sem ritmos complexos, sem melodias dramáticas, etc... Os corações assim pulsam juntos, as vozes consoam e a classe se torna uma só. 

A criança está unida à natureza, ao cosmos, não precisamos acordá-la precocemente com ritmos e temas melódicos complexos. Deixemos que as crianças sejam crianças, pois a lenta maturação e a sabedoria do tempo certo, torna os frutos muito mais fortes. Acompanhemos com singeleza e belas melodias este desabrochar da criança.

Flávia Betti

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